Desde que a Academia Nacional de Medicina dos Estados Unidos, o antigo Instituto de Medicina, publicou em 1999 o relatório “Errar é Humano”, as falhas nos serviços de saúde viraram assunto para se debater, não esconder. O documento, que estimava 98 mil mortes por ano em hospitais, em decorrências de eventos adversos, colocou a segurança do paciente em evidência, e obrigou as instituições de saúde a aprimorar métodos e sistemas. Serviram como referência organizações chamadas de alta confiabilidade, como a indústria da aviação e nuclear. Elas já enfrentaram muitos acidentes no passado, mas hoje têm processos mais seguros. A complexidade inerente à saúde permite às instituições traçar um caminho semelhante ao percorrido pela indústria da aviação?
O médico Lucas Zambon, diretor científico do Instituto Brasileiro de Segurança do Paciente (IBSP), afirma que não é possível zerar as falhas. Mas tornar a saúde uma setor de alta confiabilidade significa perseguir essa meta. “Se você fizer isso insistentemente, fará o melhor possível pelo paciente e pela sociedade”. Confira o vídeo a seguir.
>> Checklist na UTI: garantia de segurança ou desperdício de tempo?
>> “Decisão compartilhada pode transformar a assistência prestada ao paciente”, diz médico
>> “Esqueça a eliminação do risco e trabalhe com a gestão”, recomenda René Amalberti
erro
Avalie esse conteúdo
Média da classificação 0 / 5. Número de votos: 0