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COVID-19 – Distanciamento social reduz em 13% a incidência da infecção

COVID-19 – Distanciamento social reduz em 13% a incidência da infecção
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IBSP: Segurança do Paciente - COVID-19 – Distanciamento social reduz em 13% a incidência da infecçãoO primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus no Brasil foi confirmado em 26 de fevereiro e, desde então, muitos debates se sucederam no que diz respeito às ações tomadas para o combate à disseminação deste patógeno. Diferentemente de outros países da Europa, o Brasil tem como particularidade o fato de ser um país continental no qual a pandemia vem ocorrendo de forma diferente em cada região. Justamente por isso, as medidas foram diferentes em cada estado. No geral, a principal instrução era que as pessoas deveriam circular apenas em situações realmente necessárias, e o #fiqueemcasa ganhou repercussão.

Hoje, passados cinco meses do início dos surtos no país, há uma ampla movimentação em torno da reabertura, o que ainda gera questionamentos. O estado de São Paulo, que tem 44 milhões de habitantes e é o mais populoso do país, adotou estratégias diversas para cada uma de suas principais regiões. Assim, foram criadas fases e as cidades poderiam avançar de fase periodicamente desde que não houvesse aumento no número de internações e de casos. E a abertura vem se concretizando.

Paralelamente às medidas de distanciamento social, o uso da máscara foi instituído como obrigatório depois que as entidades internacionais reconheceram que a proteção facial contribui de forma intensa para o controle da disseminação da COVID-19.

Publicada em meados de julho no British Medical Journal (1), uma pesquisa trata da incidência da COVID-19 diante de intervenções de distanciamento social. O experimento utiliza informações do Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças alinhadas a dados sobre as políticas de distanciamento social do Oxford Covid-19 Government Response Tracker, estudo que rastreia medidas e políticas governamentais em resposta à pandemia.

Foram analisadas cinco medidas principais: fechamento de escolas, fechamento de locais de trabalho, interrupção do transporte público, restrições a reuniões em massa e eventos públicos, e bloqueios de movimento. No total, 149 países que implementaram ao menos uma das cinco medidas pesquisadas entre janeiro e maio ofertaram dados do impacto do isolamento social na disseminação da COVID-19 ao longo de, no mínimo, uma semana. Dos 149 países, com exceção de Bielo-Rússia e Tanzânia, todos implementaram pelo menos três medidas entre as citadas.

A conclusão é a de que apostar em medidas de distanciamento social foi eficiente para controle da pandemia no mundo inteiro. Em média, a implementação de qualquer intervenção para evitar o contato próximo entre as pessoas levou a uma redução geral de 13% na incidência da COVID-19 naquele local. Outro dado interessante extraído da pesquisa é de que houve maior redução da incidência da doença nos países de alta renda e nos locais com maior proporção de idosos. Com base nos dados obtidos, o estudo indica que na ausência de tratamentos e vacinas comprovadamente seguros e eficazes, a melhor recomendação segue sendo o distanciamento social.

Intervenções combinadas

O estudo também analisa o impacto da combinação entre as cinco intervenções de distanciamento social e relata que houve maior redução na incidência da COVID-19 quando, após fechar as escolas e os locais de trabalho, foram impostas restrições às reuniões em massa e, também, quando o bloqueio foi implementado rapidamente, paralelamente ao fechamento das escolas e escritórios.

Referências:

(1) Physical distancing interventions and incidence of coronavirus disease 2019: natural experiment in 149 countries

 

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