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Atuação de líderes da saúde na retomada da segurança do paciente pós pandemia

Atuação de líderes da saúde na retomada da segurança do paciente pós pandemia
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A pandemia de covid-19 ampliou os já grandiosos desafios dos sistemas de saúde ao redor do mundo. Cada país, com suas particularidades, teve de rever processos e estratégias a fim de conseguir atender à população infectada pelo novo coronavírus e a crise expôs muitas questões de segurança do paciente. Com base nos últimos dois anos, uma publicação do The New England Journal of Medicine enfatizou ser amplamente necessário que os países invistam em uma cultura de segurança para que, mesmo diante de novas epidemias, seja possível manter o paciente seguro.

Com base nesse artigo, o Institute for Healthcare Improvement (IHI) fez uma publicação (1) que reforça que a criação dessa cultura de segurança depende de liderança e governança, envolvimento do paciente e seus familiares, segurança do trabalhador de saúde, e sistemas de aprendizagem.

Aos líderes, sugere que tenham sempre em mente as recomendações do plano de ação do seu país e apoiem a constituição da cultura que considera a segurança um valor central, dedicando recursos para promover o cuidado seguro, compartilhando informações relevantes de forma transparente e implementando governança e liderança baseadas em competências.

Quanto à segurança do profissional de saúde, o documento relembra como esses trabalhadores sofreram física e psicologicamente durante a pandemia de covid-19 e traz alguns posicionamentos relevantes para proteger as equipes.

Depois de mencionar que muitos profissionais da saúde estão insatisfeitos com seus empregos devido a múltiplos fatores que vão desde problemas no ambiente até sobrecarga de trabalho, o artigo revela que a contratação de trabalhadores temporários impacta a segurança do paciente e deve ser revista. Para isso, é preciso cuidar dos talentos dentro de casa.

Outro ponto relevante do texto está na implementação de programas de segurança do trabalho para garantir a saúde de todos os profissionais. Para isso, cita a necessidade de adoção de métricas para avaliar: segurança física e psicológica, bem-estar no trabalho, rotatividade, taxas de absenteísmo, entre outros indicadores.

Equidade

A última matéria que publicamos aqui no portal falava sobre o Quintuple Aim e a inclusão da equidade como objetivo de melhoria da assistência (confira AQUI). A temática é tão relevante que também foi abordada nesta publicação do IHI. No caso, reforça que as desigualdades estão diretamente atreladas a danos aos pacientes e à força de trabalho. Na sequência, lista algumas sugestões de como os líderes das instituições de saúde podem agir para incorporar a equidade em suas equipes.

  • Compreender o entendimento da equipe sobre equidade
  • Integrar dados sociodemográficos nos sistemas de segurança do paciente e da força de trabalho
  • Analisar fatores que contribuem para causar danos em vários níveis (de preconceito a determinantes sociais)
  • Redesenhar os modelos de atendimento sob a ótica da equidade (com a telessaúde, por exemplo, pacientes que não têm acesso privado à Internet não conseguiram realizar consultas ou, quando conseguiram, não tinham privacidade para interagir de forma completa e confortável com o profissional que o atendia).

Por fim, o texto reforça a importância da boa atuação do líder na construção da cultura de segurança e como essa cultura traz benefícios diretos tanto para a segurança do paciente quanto para a segurança do profissional de saúde.

Referências:

(1) Fixing the Foundations: Top Safety Actions for 2022

 

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