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COVID-19 em pacientes pediátricos – Há casos críticos, mas crianças tendem a ter sintomas leves

COVID-19 em pacientes pediátricos – Há casos críticos, mas crianças tendem a ter sintomas leves
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IBSP: Segurança do Paciente - COVID-19 em pacientes pediátricos – Há casos críticos, mas crianças tendem a ter sintomas levesA ausência de elevados números de crianças infectadas pelo novo coronavírus com complicações graves desde o início da pandemia na China fez com que a pediatria entendesse que pacientes jovens não estavam no grupo de risco, já que normalmente eram assintomáticos ou apresentavam apenas sintomas leves.

Uma revisão sistemática (1) publicada no JAMA Pediatrics, por exemplo, analisou casos atuais de crianças infectadas ao observar todos os artigos publicados desde dezembro de 2019 e que faziam referência à ala pediátrica. Tendo, em mãos, 18 estudos que envolveram 1.065 pacientes com até 19 anos de idade com confirmação de infecção pelo SARS-CoV-2, a revisão destaca que esses pacientes apresentaram sintomas leves como tosse, febre e fadiga e que mesmo nos indivíduos assintomáticos, foram observadas opacidades pulmonares em vidro fosco. Entre todos os artigos incluídos na revisão, apenas um caso de infecção grave em uma criança de 13 meses de idade, e nenhum óbito em pacientes com até 9 anos.

Segundo o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos (2), apenas 2% dos casos de COVID-19 em território norte-americano são de pessoas com menos de 18 anos de idade. O Centro também afirma que em países bastante afetados pela infecção, os casos de pediatria também não ultrapassam 2,2% (0,8% na Espanha, 1,2% na Itália e 2,2% na China).

Um dos maiores estudos sobre o tema (3), utilizado pelo CDC como base para compreensão da evolução da infecção pelo SARS-CoV-2 em pacientes pediátricos, foi realizado na China,  publicado pela Academia Americana de Pediatria e envolveu 2.135 pacientes acompanhados entre 16 de janeiro e 8 de fevereiro de 2020, sendo 34,1% com diagnóstico confirmado e 65,9% casos suspeitos. A pesquisa entende que a gravidade da doença nas crianças variou, sendo que a maioria (51%) teve uma infecção leve, com sintomas que incluem febre, fadiga, tosse e mialgia.

O estudo também aponta que 38,7% das crianças infectadas apresentaram um nível moderado da doença com pneumonia com sintomas ou doença subclínica com exames de imagem dos pulmões com achados anormais; 5,3% chegaram à fase grave com dispneia, cianose central e hipóxia; 4,4% foram assintomáticas e apenas 0,6% chegaram a um estado crítico com síndrome do desconforto respiratório agudo, insuficiência respiratória, choque ou disfunção de múltiplos órgãos.

Outras doenças – Uma das principais recomendações para as crianças, listadas inclusive pelo CDC dos Estados Unidos, está na solicitação para que os pais, mesmo durante a pandemia, não deixem de vacinar seus filhos. Manter a agenda de imunização em dia é fundamental para evitar que esses jovens pacientes fiquem expostos à outras doenças infecciosas como, por exemplo, o sarampo, já que a comunidade global assistiu recentemente a um novo surto ocasionado prioritariamente pelo movimento antivacinas que ganhou corpo ao longo dos últimos anos.

IBSP: Segurança do Paciente - COVID-19 em pacientes pediátricos – Há casos críticos, mas crianças tendem a ter sintomas leves

Referências:

(1) Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARS-CoV-2) Infection in Children and Adolescents – A Systematic Review

(2) CDC – Information for Pediatric Healthcare Providers

(3) Epidemiology of COVID-19 Among Children in China

 

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