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Gestão da ocupação hospitalar: elementos fundamentais

Gestão da ocupação hospitalar: elementos fundamentais
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Leitos de hospital: problemas na gestão da ocupação hospitalar podem influenciar até na ocorrência de eventos adversos (Bigstock)Leitos de hospital: problemas na gestão da ocupação hospitalar podem influenciar até na ocorrência de eventos adversos (Bigstock)

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Em um contexto em que a sustentabilidade econômica e financeira do setor de saúde está em discussão, melhorar a gestão dos hospitais é imprescindível para enfrentar a pressão das fontes pagadoras. Adequar a estrutura do serviço à demanda – planejar a ocupação hospitalar – é um dos grandes desafios dos gestores.

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“É preciso cuidar do planejamento da estrutura para atender uma população de pacientes diversa, que tem uma sazonalidade ao longo do ano”, afirma Luis Paulo Melo de Souza, diretor da área de consultoria da GE Healthcare da América Latina. A sazonalidade abrange demandas criadas por epidemias e surtos. Nos meses quentes, do ínicio do ano, pode ser dengue, por exemplo. Nos meses de inverno, condições respiratórias. Cada uma dessas demandas exigirá estruturas diferentes.

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O desafio principal da gestão da ocupação hospitalar é fazer a alocação correta de recursos para estrutura e para organização dos funcionários (planejamento do mix das equipes, dos turnos, distribuição por andares, calendários de treinamentos). Sem um planejamento preciso dessas duas áreas, todo o fluxo do serviço pode ser afetado.

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Se há pouca estrutura, os departamentos de farmácia e nutrição, por exemplo, serão afetados. A gestão de leitos se torna problemática e impacta diretamente a entrada de pacientes a partir do pronto-socorro e o acesso a unidades de terapia-intensiva. Cirurgias podem acabar canceladas por falta de vagas.

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A disfunção da gestão de leitos leva a problemas na alocação dos pacientes: em vez de serem internados nas unidades que melhor atendem à sua condição, podem enfrentar atrasos ou irem para departamentos em que existam vagas. Agrupar os pacientes por especialidades nos andares torna-se uma tarefa quase impossível. “Fizemos um estudo em que cada especialidade tinha uma cor”, afirma Souza. “Quando se olhava o retrato final dos andares, todos eram coloridos.”

Misturar as especialidades acarreta a dificuldade de oferecer serviços de enfermagem especializados e gera atrasos no processo de alta, por exemplo, se o médico tiver de percorrer vários andares.

Todos esses fatores aumentam a exposição dos pacientes ao risco de sofrer eventos adversos – o que, por sua vez, gera mais descontrole dentro do fluxo hospitalar.

A solução para sair do ciclo vicioso na ocupação hospitalar é fazer um trabalho preciso de planejamento, com base em dados retroativos que permitam traçar um histórico e, com base nele, estimar previsões. Outra possibilidade é recorrer a modelos que permitam simular o impacto de possíveis alterações estruturais em todo o fluxo do sistema. No vídeo a seguir, Souza explica como.

 

Ocupação hospitalar

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