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Médico vascular avalia riscos no tratamento de varizes

Médico vascular avalia riscos no tratamento de varizes
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Riscos no tratamento de varizes

A cirurgia convencional, feita em ambiente hospitalar, ainda é a melhor opção para o tratamento de varizes calibrosas e da insuficiência das veias safenas. Os riscos de fazer um procedimento com um profissional que não seja médico cirurgião vascular habilitado, mesmo que realizado corretamente, são grandes. “Pode acarretar em sequelas estéticas e funcionais ao paciente”, avalia o Dr. Ricardo Pulido, médico formado pela Faculdade de Medicina da USP, com residências em Cirurgia Geral e Cirurgia Vascular pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Entre os cuidados, além de a cirurgia ser feita em ambiente hospitalar, com anestesia peridural (raquidiana) e sedação, deve-se ter cuidado pós-alta, com repouso variando entre 15 e 30 dias. “O repouso bem realizado é importante para uma recuperação rápida e um bom resultado estético”, reforça Pulido.

A seguir, Dr. Ricardo Pulido, comenta os principais riscos no tratamento de varizes, que devem ser pontos de atenção do profissional da área da saúde.

IBSP – Quais os riscos envolvidos em tratamentos de varizes?
Ricardo Pulido Os riscos dependem muito da saúde do paciente. Os mais comuns são manchas, infecções e lesões cutâneas. Em alguns casos podem acontecer alterações de sensibilidade nas extremidades ou trombose.

IBSP – Em caso de flebite, como dever ser feito o tratamento superficial com glicose hipertônica? Em algum caso, a flebite pode requerer intervenção cirúrgica?
Ricardo Pulido O entendimento moderno é que a flebite deve ser tratada com medicamentos no início. Há casos que precisam de cuidados locais, mas outros que precisam de antibióticos e antinflamatórios. Até anticoagulantes podem fazer parte do arsenal terapêutico se o caso for grave. A cirurgia, hoje, é raramente indicada e a escleroterapia com glicose é contraindicada.

IBSP – Quais as questões de risco relacionadas ao uso de “espuma”? Há algum fenômeno embólico associado?
Ricardo Pulido O risco da escleroterapia com espuma depende de uma série de fatores. A principal preocupação é com embolização para o pulmão, o que acontece mais frequentemente no tratamento de veias tronculares (safenas e seus ramos diretos). Para diminuir esse risco, recomenda-se o tratamento guiado por ultrassonografia, com compressão da junção safeno-femoral durante a injeção do medicamento. Outros riscos associados ao tratamento com espuma são alergia, hiperpigmentação, flebite e necrose tecidual.

 

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