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Passados quatro meses do início da pandemia no Brasil, é preciso verificar as etapas do plano de enfrentamento

Passados quatro meses do início da pandemia no Brasil, é preciso verificar as etapas do plano de enfrentamento
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IBSP: Segurança do Paciente - Passados quatro meses do início da pandemia no Brasil, é preciso verificar as etapas do plano de enfrentamentoA pandemia de COVID-19 segue como um desafio para o sistema de saúde. Com a curva de novos casos e óbitos ainda ascendente em determinadas regiões e municípios, as instituições hospitalares precisam seguir planos de emergência para que tenham condições de manter suas estruturas em pleno funcionamento, garantindo sustentabilidade e atendimento à população.

Hoje, passados quatro meses do primeiro diagnóstico de infecção pelo novo coronavírus no Brasil, os hospitais mostraram ser capazes de suportar a alta demanda e, agora, é chegada a hora de se adaptar tomando medidas para reduzir o impacto da crise no médio e longo prazo.

Publicado pela SOBRASP (Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente), o Plano de Gestão do Enfrentamento a Emergências (1) trata das etapas críticas nas respostas a eventos repentinos e de alto impacto e reforça que, entre as medidas iniciais adotadas pelos serviços de saúde, estão a definição de bons canais de comunicação; a definição do Comitê de Comando Local, grupo responsável por iniciar o plano de enfrentamento; e a inclusão das áreas de apoio no suporte à decisão.

Como forma de manter o plano atualizado e seguindo uma ordem capaz de identificar e suprir as necessidades tanto da instituição quanto das equipes, o documento sugere um checklist completo que pode ser aplicado em qualquer momento do enfrentamento como medida de controle.

Esse checklist compila as principais recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Center for Disease Control and Prevention (CDC) dos EUA. A qualquer momento os comitês podem utilizar essas diretrizes para verificar a prontidão e a capacidade da unidade hospitalar, analisando todos os itens, identificando deficiências e, assim, preparando planos para saná-las.

O checklist é dividido em nove etapas principais: comunicação; plano para continuidade de serviços essenciais; capacidade para lidar com aumento de demanda; manejo e proteção da equipe de saúde; logística e gestão de suprimentos, incluindo medicamentos; serviços laboratoriais; manejo dos casos; visitante e movimentação dentro do serviço de saúde; e monitoramento. Para cada uma dessas etapas, o documento considera as marcações concluído, em progresso e não iniciado.

Além disso, o plano indica que todos os contatos das equipes estejam plenamente atualizados; que o gestor faça um monitoramento constante do absenteísmo da equipe, inclusive tendo em mãos possíveis novas contratações para suprir necessidades do time; que haja uma política para controle dos profissionais possivelmente infectados pelo causador da pandemia; que os membros da equipe sempre recebam capacitação sobre o uso dos equipamentos de proteção individuais, primordiais para a saúde desses profissionais; que haja contato próximo com a família dos profissionais de saúde envolvidos no combate para que seja possível auxiliar suas necessidades domésticas mantendo maior possibilidade de flexibilização de suas rotinas de trabalho; e que esses trabalhadores tenham suporte multidisciplinar durante a crise.

Referências

(1) Plano de Gestão do Enfrentamento a Emergências – Sobrasp

 

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