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Radiologia: conheça riscos da profissão e saiba se proteger

Radiologia: conheça riscos da profissão e saiba se proteger
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Técnica em radiologia diz que, além da exposição à radiação, há risco de contaminação por agentes altamente infectantes e de desenvolver problemas ergonômicos

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A exposição ocupacional à radiação pode levar à infertilidade? Essa é uma dúvida que atormenta as mulheres que trabalham com radiologia dos centros de diagnósticos por imagem de todo o mundo.

A boa notícia é que a evolução tecnológica dos aparelhos caminha na direção de usar cada vez menos radiação ionizante.  Além disso, o acompanhamento minucioso da exposição à radiação ocupacional fez com que diminuísse drasticamente o risco de infertilidade para os profissionais da área. Isso porque o funcionamento de um serviço de radiologia deve seguir rigorosamente a regulamentação da Portaria 453 (específica para serviços de radiologia) e passar por vistorias temporárias de órgãos reguladores (ANVISA, CNEN), manutenção preventiva, levantamento radiométrico e uso de dispositivos de mensuram a radiação secundária (dosímetros), sendo em sala de exames (por conta de fuga de radiação), em aparelhos (falta de manutenção adequada) ou em profissionais (por mau uso ou exposição ocupacional incorreta). “O uso de dispositivos de proteção radiológica individual, como aventais de chumbo, óculos plumbífero”, diz Luine Roza, técnica em Radiologia do Hospital Carlos Chagas, em Guarulhos, SP, e estudante de Biomedicina.

Desta forma, diversos fatores permitem que a proteção radiológica seja uma constante no dia a dia do profissional. O dispositivo que mensura melhor a exposição continua sendo o dosímetro individual, onde, em caso de excesso de dose de radiação acumulada no dispositivo, será acionado um plano de contingência para o profissional, com afastamento ao trabalho, exames médicos, levantamento radiométrico e análise de aparelhos, a fim de se descobrir a causa da superexposição. “Ou seja, o risco de infertilidade (além de outras complicações associadas à exposição ocupacional à radiação) está cada vez mais raro nos dias atuais, sendo associado apenas em casos extremos e/ou que fujam à regra de funcionamento supracitada”, afirma Luine.

Em caso de gravidez

Ao engravidar, a radiologista não pode continuar atuando na realização de exames e precisa ser transferida de função. “A legislação brasileira exige que, a partir do momento da confirmação da gravidez, a profissional deve ser remanejada imediatamente a outro setor, livre de radiação ionizante, sendo válida até o fim da gestação (que ocorre após o retorno da licença-maternidade)”, comenta Luine.

Também não é recomendável se expor à radiação enquanto amamenta, principalmente a região das mamas e tórax.

Riscos e proteção

Com a evolução tecnológica e todas as normas obrigatórias para que um serviço de radiologia funcione legalmente, Luine Roza diz que o maior risco em relação à área é a exposição ocupacional a agentes altamente infectantes (tuberculose, meningite, etc.), além do risco ergonômico, por se tratar de uma profissão que está relacionada ao levantamento de pacientes, do uso constante de aventais de chumbo (que pesam em média 5 kg) e da rotina própria ao serviço de radiologia, que exige muito da coluna.

Quando se trata de funções no setor de tomografia computadorizada e ressonância magnética, o risco ergonômico diminui, sendo presente apenas o risco biológico.

Diante desses riscos, a mulher técnica em radiologia precisa se proteger durante o exercício de sua profissão usando aventais de chumbo e outras proteções quando necessário, ficar o mais distante possível da fonte de radiação, se submeter ao uso correto de dosímetro individual e não se permitir trabalhar em setores cujas instalações são precárias. “Atualmente, os riscos de exposição à radiação ocupacional são mínimos, por conta da evolução tecnológica e das legislações próprias à proteção radiológica, porém, é necessário saber que ainda existem serviços de radiologia dos quais não cumprem as normas de funcionamento corretamente”, alerta Luine.

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