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Segurança do Paciente

Segurança de medicamentos em pediatria exige atenção redobrada 

Segurança de medicamentos em pediatria exige atenção redobrada 
Segurança de medicamentos em pediatria exige atenção redobrada
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Cartilha ilustrada da Universidade Federal do Rio Grande do Norte traz recomendações 

Produzido pelo departamento de Saúde Coletiva do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o documento “Segurança no uso de medicamentos em pediatria — clique aqui para baixar —” reconhece que pacientes pediátricos são um dos grupos mais vulneráveis a eventos adversos durante o uso de medicamentos e reúne, em uma cartilha, recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de outras instituições nacionais e internacionais para aumentar a segurança deste público em todas as etapas do ciclo de medicação: organização e gerenciamento, seleção e aquisição, estoque, prescrição e transcrição, preparo e dispensação, administração e monitoramento. 

Na pediatria (e há um capítulo especial para os neonatos, cuja vulnerabilidade é ainda maior), julga ser essencial avaliar os riscos, monitorar e rastrear os danos evitáveis, criar estratégias para implementação de melhorias, desenvolver protocolos para a área infantil compostos por barreiras de segurança, engajar profissionais envolvidos no ciclo de medicação e empoderar pacientes e familiares. Tudo isso integra o gráfico proposto pela OMS para a medicação sem dano. 

O documento, que é ilustrado, descreve por quais motivos a prescrição de medicamentos para pacientes pediátricos deve ter maior atenção e enfatiza formas de aumentar a segurança. Entre os pontos de destaque estão: 

  • Produção de medicamentos exclusivos para pediatria ainda é limitada, o que força uma adaptação das doses programadas para adultos considerando idade e peso da criança (a administração intravenosa em pediatria tem três vezes mais riscos de danos do que entre adultos); 
  • É preciso considerar e avaliar a indicação correta do medicamento, a dose e a administração; 
  •  A conciliação medicamentosa com a lista habitual utilizada pelo paciente previne importantes erros de medicação. 

Além disso, relembra comportamentos padronizados que também aumentam a segurança como a identificação do paciente, a legibilidade no receituário, a restrição ao uso de abreviaturas, a utilização da denominação de medicamentos comum brasileira, a atenção na prescrição de medicamentos com nomes e sons semelhantes, a adição do sistema métrico para tratamento de doses e a prescrição completa com nome do medicamento, concentração, forma farmacêutica, indicação, cálculo de doses, duração do tratamento, posologia, tempo de infusão, via de administração, orientações de uso, diluição e velocidade. 

Sugere, também, que a prescrição verbal seja utilizada somente em casos de urgência ou emergência. E, quando necessário, o prescritor deve adotar uma comunicação clara falando o nome do medicamento em voz alta. Em paralelo, o receptor deve repetir e confirmar as informações.  

Na administração, como comentado acima, há mais riscos quando o paciente é pediátrico, o que pede, então, ações extras como mais atenção na verificação da dose prescrita, visto que esses pacientes podem ter muitas diferenças fisiológicas de acordo com a faixa etária. Outro foco deve estar no monitoramento desses pacientes, já que muitos efeitos adversos são característicos de superdosagem.  

Quando o assunto é medicamento de alta vigilância, a atenção redobra em todas as etapas, sendo que as unidades de saúde devem divulgar quais medicamentos integram essa listagem, indicando as doses máximas, a forma de administração, a indicação e a dose usual. Para esse cenário, a cartilha traz, além de exemplos desses medicamentos, imagens dos principais sinalizadores necessários para garantir a segurança. 

Outras ações sugeridas — como o armazenamento e a dispensação, bem como o preparo, envolvimento do paciente e notificação e eventos adversos — são comuns aos protocolos adotados para a população adulta. 

Referências

(1) Segurança no uso de medicamentos em pediatria 

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